Feliz Dia do Inventor!

Hoje, 4 de novembro, é o Dia do Inventor. Mas, quem é o inventor?

Ao pensar em respostas, pode vir à mente o gênio solitário que, a partir da percepção de um problema, da pura imaginação de uma nova possibilidade ou de um momento de inspiração, concebe uma solução que não existia antes. Leonardo da Vinci, Alberto Santos Dumont, Nikola Tesla são grandes nomes deste estilo de inventor, que também acomoda pessoas como o Seu Alfredo, do vídeo abaixo.

A Thomas Edison é creditada uma grande quantidade de invenções, sendo uma das mais importantes a criação de uma nova forma de inventar – o laboratório de invenção (ou a fábrica de inventos). Um exército de pessoas talentosas e bem equipadas, contratadas e organizadas por Edison, recebiam dele tarefas relevantes, inteligentemente formuladas e, por meio de sucessivas tentativas, chegavam a soluções.

Mais recentemente, uma criação humana, o computador, também tem demonstrado enorme potencial inventivo. No paper Automated Antenna Design with Evolutionary Algorithms (Projeto Automatizado de Antenas com Algoritmos Genéticos), Gregory Hornby e outros relatam um feito extraordinário. Um computador, rodando um algoritmo genético, foi capaz de superar os projetos de especialistas humanos, criando antenas espaciais cujas geometrias peculiares alcançam ganhos significativamente maiores que as anteriores (imagens a seguir).

 

 

 

 

 

 

E o futuro da invenção, qual será?

Sou muito otimista em relação a isto, e acredito que é um grande futuro.

Para R. Buckminster Fuller, “A crescente efemeralização pode, um dia, vir a conseguir tanto com tão pouco que poderemos cuidar de toda a humanidade, de forma sustentável, num padrão de vida mais elevado do que qualquer um previamente experimentado”. Efemeralização era a capacidade da humanidade de usar os avanços científicos e tecnológicos para fazer cada vez mais com cada vez menos. Mais ou menos o mesmo que Altshuller quis dizer, na TRIZ, com idealidade (mais sobre isso neste post).

Eu acredito que teremos, mais e mais, as tarefas repetitivas sendo realizadas pela tecnologia. Vai sobrar para o ser humano algo mais excitante, que é o exercício de suas habilidades criativas – incluindo as formas de automatizar coisas como o projeto de antenas.

 

About the author

Engenheiro, professor, empreendedor e autor, Marco de Carvalho atua nas áreas de inovação sistemática, criatividade, desenvolvimento de produtos e gerenciamento de projetos.

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