Prós e Contras da Indústria 4.0

Temos ouvido falar muito sobre a Indústria 4.0, quase sempre com um viés positivo. Aqui, vamos procurar ser imparciais.

O que é a Indústria 4.0?

Após a Revolução Industrial (Indústria 1.0), a introdução da eletricidade e a produção em massa (Indústria 2.0) e a revolução digital (Indústria 3.0), estamos agora na era da Indústria 4.0. Ela se caracteriza pelo uso intensivo da automação, da robotização e da inteligência artificial.

Impactos Econômicos

À medida que os custos de implantação das novas tecnologias caem, aumenta a taxa de desemprego.

Há muitos entusiastas da Indústria 4.0. Por outro lado, poucos alertam para os problemas que ela já está causando e que tendem a intensificar-se grandemente e rapidamente.

O Futuro do Trabalho

Os otimistas argumentam que é uma mera questão de requalificação. E que trabalhos intelectuais e criativos não serão afetados. Será?

Qualquer um que estude um pouco e se preocupe em entender o nível em que já se encontram a robótica e a inteligência artificial, sabe que os ameaçados não são apenas os assim chamados colarinhos azuis. Computadores vão muito além de corrigir a ortografia de nossos textos. Agora, escrevem artigos, gerenciam redes de trens, tomam decisões, projetam produtos, inventam, decidem que informações chegam a quem nas redes sociais e controlam o sistema financeiro. Robôs tomam decisões autônomas e em contextos dinâmicos.

A era do Computer Aided Isso e Aquilo está acabando. Já é Computerized. E Robotized.

Funções administrativas diversas, trabalhos que envolvam cálculo, diagnósticos, criação de receitas culinárias, redação e, mesmo, tomadas de decisão poderão, dentro em breve, ser muito ou completamente automatizados, reduzindo a participação dos humanos ou tirando-os por completo da equação. Dentro do paradigma atual, o que toda essa gente irá fazer?

O que Faremos com Tanta Automação?

A não ser que você esteja bem perto da aposentadoria, a Indústria 4.0 vai mexer no seu queijo. E não vai demorar muito. Cinco anos? Dez anos, para as atividades mais intelectuais?

Ignorar a questão, ou não adotar as novas tecnologias, não é uma boa saída. Todos os concorrentes adotarão, e lá se vai o seu queijo, mais rápido ainda.

Deixar as máquinas trabalharem e pagar uma bolsa para todos, como Elon Musk e outros estão propondo, nos transformará numa grande sociedade de mendigos. Creio que nenhuma pessoa honesta, capaz e inteligente deseje viver dessa forma.

O que precisamos é amadurecer como sociedade. Isso é da máxima urgência. Precisamos criar um modelo menos predatório, como o atual, que funciona apenas para alguns. Precisamos de algo que possa funcionar para todos os seres humanos. Urge criar a utopia, ou iremos cair na distopia, como mostrada em filmes como Blade Runner, Elysium, Oblivion, Alita e tantos outros.

Ludwig von Mises provou que o comunismo de Marx não é possível. Então, essa não é uma solução. Os brasileiros já sabem muito sobre isso, tendo experimentado décadas de socialistas no poder.

John Nash, Prêmio Nobel de Economia de 1994, provou que o pensamento de Adam Smith não está completamente errado, mas, É INCOMPLETO: o ideal não é que cada um busque o melhor para si e deixe que a “mão invisível” acerte as coisas. O ideal é que cada um busque o melhor PARA SI E PARA O GRUPO.

Automação e robotização generalizados poderão ser excelentes para um punhado de bilionários que apenas defendem seus interesses. Certamente, não são para a sociedade como um todo.

Conclusão

É essencial reconhecer os desafios e oportunidades que a Indústria 4.0 apresenta. Enquanto alguns veem um futuro brilhante de eficiência e inovação, outros temem as consequências sociais da automação. O equilíbrio entre progresso tecnológico e bem-estar humano é o caminho a seguir.


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About the author

Engenheiro, professor, empreendedor e autor, Marco de Carvalho atua nas áreas de inovação sistemática, criatividade, desenvolvimento de produtos e gerenciamento de projetos.

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